sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008


E hoje eu sinto mesmo que já se passou tanto tempo e aconteceram tantas coisas negativas para "nós" (se é que esse tal de "nós" algum dia já existiu, se tratando de "eu" e "você") que o telefone não pode mais tocar e ser você.
Mas também, acho que no fundo nunca quisémos ficar juntos, afinal, nunca movemos uma única pedra para que isso de fato acontesesse.
Tenho realmente que confessar que teu nome me presegue à qualquer lugar que eu vá, tudo tem teu doce cheiro e sua risada gostosa é tudo o que eu escuto quando o meu coração e todo o resto se silencia, quando fecho meus olhos a sua imagem é tudo o que se reflete entre o nada e a escuridão.. Você pode até não perceber, mas todos esses textos que eu tenho escrito à algum tempo são em relação à você... Quem é "você"? Bom... Isso pode ser relativo! "Você" provavelmente não é você que está lendo agora, mas talvez seja também.. :'D né? Além de relativo é meio coplexo também, nem eu consigo entender na maioria das vezes.
Mas uma certeza eu tenho, se "você" estiver lendo isso agora, vai sentir que é pra você, ficará na dúvida e não irá me perguntar como sei que não vai, mas acho que nos conhecemos bem o bastante para você se sentir nessas palavras que para mim, fazem tan-to sentido, ou não.

Então alguém me responde o porquê de mesmo depois dessas tantas demonstrações isplicitas de desinteresse e indiferença em relação à mim, eu continuo apostando meus sonhos à esse sentimento tão profundo e intenso quanto infantil e tolo?
Alguém me responde o porquê de eu criar todas essas espectativas com aqueles "supostos" sinais mesmo sabendo com todas as razões que ainda me restavam que nunca foram pra mim?
Alguém me descreve o tamanho dessa ingenuidade que eu nunca pensei que coubesse no meu pequeno coraçãozinho, pelos menos não nessa proporção e nessa intensidade.. E que hoje reina em mim, me diexando à mercê de qualquer sorriso falso ou beijo traiçoeiro?
E me explica também como se resolve toda essa confusão que aquele mesmo coraçãozinho infantil se meteu e que aparenta nem querer sair... Onde ele vai se deixando levar cada vez mais por um sentimento que ele mesmo criará em sua mente fértil e sempre muito esperençosa...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007


E finalmente eu entendi com todas as letras que já está mais do que na hora de eu virar essa maldita págima e começar à escrever em uma linha nova no "tal Livro da Vida".

Só depois de muita comida de rabo, muita cabeçada na parede, muita poeira que eu comi, e muito choro que eu engoli sem vontade.. Só depois de tudo isso vi o real sentido de toda essa contrassenagem, eu tinha que aprender que nós devemos enchergam o fim das coisas antes que ele chegue, para não ser tão difícil de ver e aceitar quando ele realmente estivesse alí, e percebi isso meio tarde, o fim desse grande teatro já havia chegado à muito tempo, a platéia já aplaudia com fervor e SÓ EU não escutava, SÓ EU não tinha percebido e continuava investindo meus sorrisos e lágrimas nessa porcaria de ilusão.
Mas agora eu já percebi, e já estou menos tensa.

Agradecimentos ao público ativo que assistiram ao espetáculo calados e nêutros quando preciso, e deram a opinião quando acharam coerente,
Agradecimentos aos que me avisaram enquanto ele limpava a faca na camisa, a que logo em seguida, cravaria em minhas costas, mesmo não tendo acreditado na hora, hoje eu sinto toda a dor e o arrependimento por isso, sinto o sangue quente que escorre pelo meu dorço e me faz ter uma retrospectiva infinita e apesar de tudo, bela de todo o show,
Agradecimentos aos diretores que compuseram esse roteiro da minha vida, e que mesmo com todos os apesares, me deram um final digamos que "digno".

E como sempre acontece nos teatros e novelas, o vilão sempre se dá mal no final, comigo também não vai ser diferente.. E depois que tudo isso passar, ainda darei muita risada disso tudo! :)

sábado, 22 de dezembro de 2007

Conseqüência - Nx Zero


Não quero entender a razão de estar aqui
Pois simplesmente estou
Não quero saber até onde vou chegar
Porque sei que a vida vai me mostrar

Uma conseqüência

É minha vez vou sair do início

Mais uma vez posso ver agora
Só eu sei e ninguém pode me falar
Não quero pensar no que vai acontecer
Se um dia eu cair
Não quero saber até onde vou chegar
Porque sei que a vida vai me mostrar
Uma conseqüência

É minha vez vou sair do início
Mais uma vez posso ver agora
Só eu sei e ninguém pode me falar

Eu nunca tenho certeza que estou
Totalmente certo ou realmente perto do que sou
Mas vou tentar "só viver" talvez assim na hora certa
Vou saber o que fazer e no que acreditar

É minha vez vou sair do início
Mais uma vez posso ver agora
Só eu sei e ninguém pode me falar
É minha vez vou sair do início
Mais uma vez posso ver agora
Só eu sei e ninguém pode me falar

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Versos Íntimos

Augusto dos Anjos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!


Fui atrás de um mundo

que nos sonhos eu encontrei

revirei travesseiros, cobertores,

destapei a cara, busquei palavras

que em toda minha vida não usei.

Essa noite tem sabor de novidade,

uma curiosidade superior e essa idade

que não volta, mas nos traz de volta

ao mundo da fantasia.

Minha alegria é saber que nesse dia

escuro de luar, as estrelas estão

a brilhar pra outra noite se acender.

Todos os sonhos pertencem

ao sono que embala a vontade

e a coragem de seguir,

nesse prosseguir acreditando,

que é só sonhando

que se pode ser feliz.

Nessa noite escura cheia de brandura sonharei,

quando acordar, prometo que farei

esse sonho se realizar.

Mas se por acaso eu morrer no meu dormir

esse sonho vai seguir comigo

pro lugar que eu for morar,

pois mesmo sem vida

por toda a minha vida

eu nunca vou deixar de sonhar.

— E você, por que desvia o olhar?
(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarrá-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontrei pedra alguma. Encontrei flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)
— Ah. Porque eu sou tímida.